terça-feira, 26 de maio de 2009

A MICRO POLITICA


RACIONALISMO & MACRO POLÍTICA X INCREMENTALISMO & MICRO
POLÍTICA
PROPOSTAS ANTAGÔNICAS DE PLANEJAMENTO POLÍTICO



Dimas Enéas Soares Ferreira
*


INTRODUÇÃO


“Está se tornando um lugar comum que
a política é a arena do irracional (...)”
Harold Lasswell



Os métodos racional-compreensivo e incrementalista têm sido alvo dos estudos da ciência política. Quando buscamos situa-los no método Descritivo Referencial, observamos que se encaixam em dois níveis políticos, ou seja, o método racional-compreensivo se relaciona com a macro-política e suas grandes análises do cenário político-institucional, já o método incrementalista liga-se à micro-política e à busca de soluções para problemas mais imediatos e prementes. Para isso, busco encontrar algumas respostas a questionamentos que se impõem, através do estudo do planejamento político.
O planejamento político, enquanto sistema, possibilita superar alguns obstáculos impostos pela excessiva centralização dos poderes do Estado nas decisões, mas para isso, ele deve ter objetivos a serem cumpridos como (i) reduzir a área de incerteza; (ii) adaptar as dimensões de tempo; (iii) alargar a base de informações com a análise dos efeitos das ações alternativas e (iv) ser fonte de inovação e combate a inércia administrativa.
[1][1]
Segundo Anthony Downs, os economistas analisam, planejam e decidem racionalmente. Dessa forma, crêem poder prever as decisões, já que serão sempre tomadas aquelas consideradas mais razoáveis para se alcançar as metas previstas. Portanto, o homem racional sempre age de acordo com os seguintes critérios: (i) consegue tomar uma decisão quando confrontado com várias alternativas; (ii) classifica todas as alternativas em ordem de preferência; (iii) seu ranking de preferências é transitivo, ou seja, pode ser mudado; (iv) a escolha recai sempre sobre a primeira preferência; (v) a decisão sempre é a mesma quando são dadas as mesmas preferências.

José Pereira Lima

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