quinta-feira, 30 de abril de 2009

A IDEOLOGIA DA COMPETÊNCIA

(Roberto Alves da Rocha)

O texto de Marilena Chauí cita o Filósofo Francês Claude Lefort que em seu livro “A gênese da ideologia na sociedade moderna” observa que houve uma mudança no modo de operação da ideologia, desde meados do século XX. Até então o que regia era um discurso em que centrava a figura física de alguém que tinha o poder na mão. A partir dos anos 30 com a mudança do processo social do trabalho surgiu o “fordismo” e em consequência a “organização”, que coloca o poder na chamada “lei de mercado”.
Lefort chama a ideologia contemporânea de ideologia invisível que Marilena Chauí prefere chamar de ideologia da competência.
Competência que reúne a organização, a gerência científica e tecnológica no processo de produção intelectual e surgem duas classes sociais resumidas, que são a dos que tem poder porque possuem o saber e dos que não tem poder porque não o possuem.
Assim a ideologia da competência realiza a dominação pelo poder científico e tecnológico e quem não tem esses conhecimentos é excluído; porém essa ideologia que não tem história como afirmou Marx e Engels, também não tem condições de orientar a vida no seu cotidiano, e em minha opinião causa injustiças maiores do que no passado.
Com esse domínio em nome do progresso, a burguesia se julga no direito de dominar os povos que não tem conhecimentos suficientes para enfrentar o mercado e se transforma em dono do tudo e de todos.
Marilena Chauí considera que a grandeza dos dominantes depende sempre da exploração e dominação dos pequenos e que somente uma prática política nascida dos explorados e dominados, será de grande importância e que a crítica da ideologia deve desmascarar o que está escondido e assegura a exploração econômica dos outros.
Em minha opinião a ideologia antes do “fordismo”, adaptada aos nossos dias e a evolução dos conhecimentos científicos e tecnológicos, seria melhor do que a ideologia da competência.
Vejamos, com adaptações que centrasse a idéia na vida das pessoas e não do mercado, é mais viável do que o domínio do “ter” e não “ser” humano, que acontece hoje com maior freqüência..
Vejamos os males que nos atingem hoje, violência, corrupção, degradação da natureza, desvalorização da vida, não são frutos da falta de comando?
Quem deve dirigir a ideologia da humanidade são os seres humanos e não o mercado.



BIBLIOGRAFIA

CHAUI, Marilena de S. A ideologia da competência. São Paulo
Disciplina: Política e Desenvolvimento Local
Prof. Fernando
Turismo 2

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